sexta-feira, 19 de novembro de 2010

vigésimo primeiro

Estive todo o Verão a repreender a Ni por andar sempre a deprimir. Só lhe fazia mal e "estragava" todo o ambiente. Nunca percebia porque estava assim. Dias de depressão. Que coisa. Para quê? Pensava eu que se estava assim porque ser queria.
Ontem passei por um dos momentos mais horríveis. A mentalidade retrograda de Portugal. Se soubessem o quanto dói. Ainda chorei hoje. Dói tanto. É tudo novo. Todo aquela maldade num corpo de dezassete anos. Não fui só eu que senti. A diferença é que nunca tinha passado por aquilo. Não se poder amar. Demonstrar afecto. Não sei o que dizer. Neste momento contínuo desfeito em lágrimas. Não quero que ninguém veja, que ninguém oiça, pois iriam perguntar. Sofrer em silêncio. Preciso de vocês. Porque só vocês "sabem quem eu sou". Memórias. Estou com algumas na cabeça. Porquê? É passado, mas algumas continuam cá dentro.
Foi um dia deprimente. Só choro, não consigo parar. Não sei o que tenho. Preciso de um abraço bem forte vosso. Obrigado por estarem comigo.

Se fosse como nos filmes, o amor apagaria memórias e lágrimas seriam apenas de felicidade.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Vigésimo

Sempre adorei aqueles filmes/novelas cheios de esquemas. O mau da fita, que tentava a todo custo brilhar no final, o bom da fita que acaba preso, o mau da fita que tenta ficar com o amor que não lhe corresponde e o bom da fita que fica sozinho. Mas tudo isto não passava do ecrã/tela. Eu via e ficava a pensar "Que nervos, nunca mais chega o fim para ficar tudo bem". O que valia, achava eu, é que isto nunca aconteceria na realidade. É demasiado surreal para tal acontecer. Bem, certeza, certeza, não tenho, porque, aliás, certezas ninguém as tem. Para já, tenho uma vontade enorme de rir, porque, afinal de contas, duvido que esteja mesmo a acontecer. Mas e se estiver enganado e de facto estiver mesmo? Bem, se for verdade, desde já dou os meu Parabéns. Eu ando no teatro, temos de treinar a nossa improvisação e admito agora que tal "esquema" nunca me passou pela cabeça. Vou dizer, que adoro ver como as pessoas gostam de ter as "mãos limpas". Os outros que façam o trabalho. Muito bem, é preciso ser-se esperto. Mas como referi, eu ando no teatro, também sei improvisar e na arte do "representar", modéstia aparte, até me desenrasco bastante bem, por isso, vamos divertir-nos muito. Muito mesmo.

Se for (sim, porque isto ainda agora começou) como nos filmes, toda esta "história" irá durar e no final, que me lembre, os bons ganham sempre, por isso . . .