segunda-feira, 30 de maio de 2011

Vigésimo oitavo

Acreditas no amor à primeira vista? Não! Foi o que me disseram. Quantas vezes não vi aquelas trocas de olhares entre os casais que depois acabariam juntos enquanto nós gastamos mais um lenço ao assistir? É nesse momento, que toda a tua crença cresce. Começa um desenrolar de ideias, desejos, futuro(s). Um mero encontro no parque. Depois, por ironia do destino, o seu lenço voa para perto do outro. Corre para junto dele e trocam o olhar durante minutos. Parece que o tempo pára. Voltam a encontrar-se, passeiam e beijam-se. E pronto, clichê!
Atracção, foi o que se seguiu ao "Não!". "Não acredito. Não é com a troca de olhares que se apaixonam. Têm sim, atracção. Aquilo que sentes por uma pessoa, que te desperta interesse, que faz com que não consigas deixar de olhar. Hipnotiza."
Talvez sim, talvez.
Não me importava de gastar todos os lenços do mundo a alimentar aquela "ilusão" se no final, fosse mesmo verdade.


Se fosse como nos filmes, "pause" nos olhares para sempre!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Vigésimo sétimo

Meses. São meses que passam e parece que tudo continua na mesma. Foram tantas coisas que aconteceram, tantos sentimentos que passaram e parece que voltamos ao início. Já esteve completamente só, sofreu, chorou, como já esteve repleto, alegre, "brilhante". E agora? Esta estranha sensação de nada. Não é um vazio, mas . . . Já disse e repito (por agora) que, por vezes, era preferível não ter sentimentos. Como seria se pudéssemos escolher quando devíamos sentir ou não? Poderiam brincar com os sentimentos, como tanto gostam de fazer e nada acontecia. Imparcialidade. Nada, nada, nada. . . Uma vez disseram-me, que o que nos distingue uns dos outros, são os sentimentos. De que vale ser aquela pessoa que sente, com coração, se no fim, acabamos por ficar pior? Somos sempre os que ficam mal. Melhor que não ter sentimentos, era um "filtro" para escolher as pessoas. Oh, difícil realidade!


Se fosse como nos filmes, aquele vazio estaria demasiado ocupado para meros desabafos.