sábado, 29 de outubro de 2011

Trigésimo sexto

Chove! Chove e faz vento! Chove, faz vento e está frio! Abro o guarda-chuva e "desligo-me". Caminho na calçada velha, gasta, usada, e observo. Um sorriso, um casal, uma conversa casual ocupava o vazio da rua. Uma pedra, uma folha, uma pena. Uma perda! A água fria que batia nas pernas, fazia-me acordar deste enrolar. Sim, nada é para sempre, mas então, de que vale ganhar? Felicidade, dizem. De que vale lutar? Acabamos por sofrer. Deve ser do tempo, ou então do cansaço, ou então sou eu mesmo. Não sei! Não me sai da cabeça. Vai ser um longo e demorado percurso. Mantêm-te, por favor. Não fujas, não vás, não me deixes, não me magoes. Era o colapso e desta vez, destruía-me!


Se fosse como nos filmes, rasgaria o peito, abriria o coração e repartia este amor!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Trigésimo quinto

Estou perdido! Não é isto, não é nada disto. Quero dormir e não acordar. Seria cobardia não enfrentar os problemas, mas não aguento. Dia após dia, destroem-me. Animar? Não consigo, simplesmente, deixo andar.


"A vida é uma doença sexualmente transmissível"

Não, desta vez, não é como nos filmes!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Trigésimo quarto

Sim, é meu! Sim, também é segredo, mas apeteceu-me dizer-te. Como a vida te pode pregar partidas e tu, sem contar, cais nelas. Já a Alanis Morissette o dizia, e é tão verdade. ("isn't it ironic?"). Uns dias a chorar, outros dias a sorrir. Nunca te perguntaste porquê? Pois, tal como eu, não sabes! Será que existe mesmo alguém "lá em cima" que controla as nossas vidas como bonecos? Alguém que decide quando ser feliz, quando sofrer. Ai, é absurdo, mas, por vezes, dou por mim a olhar para o céu e a procurar resposta. E não, nunca me responde! Serei pecador por amar?

Ou talvez, por pensar ser amado!


Se fosse como nos filmes, seria a luz! Sim, a luz que te iria pedir para procurares, quando o meu corpo enfraquecer!