quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Trigésimo terceiro

Às vezes gostava de ser "normal". Às vezes gostava de ser diferente. Às vezes gostava que tudo fosse diferente. Às vezes gostava de ser o cá e não o lá. Às vezes gostava de não ter coração. Outra vezes, não! Às vezes gostava de parar. Às vezes gostava de ter coragem. Às vezes gostava de te ter. Às vezes gostava de ti. Às vezes, sim, às vezes. Às vezes gostava que visses isto. Às vezes gostava que chorasses. Às vezes gostava que gritasses. Às vezes gostava que te olhasses. Às vezes gostava que pensasses. Às vezes gostava que olhasses para o passado. Às vezes gostava que visses o futuro. Às vezes, porque sou assim, um acumular de pequenos "intervalos emocionais"!


Se fosse como nos filmes, todo o acumular de intervalos, espaços, faltas, seriam unidos, um só. Só início e fim!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Trigésimo segundo

Não, não fui eu! A culpa não é minha. Mas então porquê? Será sempre assim?
"Quanto maior a subida, maior a queda!" E bem que o sei. Não dá para aguentar. A vontade de acordar é pouca, mesmo pouca. Esperança é o que me faz levantar todos os dias. Esperança de que vai ser melhor. Esperança que vai mudar. Esperança de que me vai fazer sorrir. . . Não consigo entender. Tento "desligar-me" do mundo e a única coisa que vem, são lágrimas. Por favor, não quero passar pelo mesmo!

"I really fucked it up this time, didn't I my dear?" Explica-me!


Se fosse como nos filmes, seria um hall, a chuva e o consolo.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Trigésimo primeiro

O tilintar dos dedos nas cordas, as vozes roucas e expectoradas, o frio que se começa a fazer e o vazio, foi propício. Futuro! Noite, escuro, e as vozes que tentavam acompanhar, libertavam emoções. Felicidade? Sim, talvez. Por outro lado, a tristeza ao olhar para o céu estrelado fazia pensar no que viria e no que havia de mudar. Muito. Oitava acima, oitava abaixo e a cabeça cheia de ideias. É um mundo novo, pessoas novas, ambientes novos . . . outra mentalidade. Sinto cada vez mais a ficar sem espaço. Calma, são só trezentos e sessenta e cindo dias. Trezentos e sessenta e cinco dias com as mesmas caras, o mesmo espaço, o mesmo tema, os mesmos olhares, as mesmas "bocas".

Querido dois mil e onze, por favor, espero que leias isto!


Se fosse como nos filmes, estaria num café, no "centro", sorrindo, em vez de estar de volta destas teclas gastas de desabafos!