segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Vigésimo terceiro

Foi Natal! Passamos um ano a pensar como vai ser o melhor dia do ano, e quando damos por isso, passou. Esta semana entre festas é semana de reposições. Semana de pensar. Semana de sonhar. Daqui a dias, acaba-se um ano . . . e que ano. Ponho-me a pensar e chego a conclusão que este ano foi o mais marcante. Sem sombra de dúvidas. Começou tudo (ou grande parte) no início de Verão. Sempre esteve escondido, sempre com medo de represálias, com medo de olharem de lado, de ser falado, de ser gozado, de ser apontado, de ser rejeitado. Medo, medo, medo.
cinco, quatro, três, dois, um . . . gritos, toques, sorrisos, lágrimas, vidas, mortes, fome, crise, hipocrisia, cinismo. Uma transição que não passa de uma repetição de um ciclo vicioso. Um ciclo que se tornará mais negro, infelizmente. São doze badaladas. São doze passas. São doze desejos. Cruzados com os muitos milhões que somos, era perfeito. Mas para alguns, não passa disso. Desejos. Sonhos. Que seja (assim desejo) o início de algo diferente. Algo que mude. Algo que transforme. Algo revolucionário. Enfim, mudança . . . boa.

Se fosse como nos filmes, o final da contagem seria a entrada da mudança e não a continuação do "congelamento da atrocidade".

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Vigésimo segundo

É hoje dia 4, e encontro-me, sei lá, assim. Não sei como me sinto. Têm sido tão "normais". Como é possível uma pessoa sentir-se feliz, incompleta, cansada, ansiosa, preenchida, aborrecida, ocupada, triste, calma . . .
Isto é normal? É que não sei o que se passa.
Não sei? Sei, mas não sei o que fazer para não o ficar. Já me tinha falado. Achava piada (e continuo a a achar, de algum modo), mas agora que penso, não sei se será tudo tão "belo"...

Os dias passam, e continuo à espera

Daqui a nada é Natal. Pode ser que o senhor das barbas brancas traga uma "prenda" especial.

Se fosse como nos filmes, não estava a escrever. Estava a ser feliz.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

vigésimo primeiro

Estive todo o Verão a repreender a Ni por andar sempre a deprimir. Só lhe fazia mal e "estragava" todo o ambiente. Nunca percebia porque estava assim. Dias de depressão. Que coisa. Para quê? Pensava eu que se estava assim porque ser queria.
Ontem passei por um dos momentos mais horríveis. A mentalidade retrograda de Portugal. Se soubessem o quanto dói. Ainda chorei hoje. Dói tanto. É tudo novo. Todo aquela maldade num corpo de dezassete anos. Não fui só eu que senti. A diferença é que nunca tinha passado por aquilo. Não se poder amar. Demonstrar afecto. Não sei o que dizer. Neste momento contínuo desfeito em lágrimas. Não quero que ninguém veja, que ninguém oiça, pois iriam perguntar. Sofrer em silêncio. Preciso de vocês. Porque só vocês "sabem quem eu sou". Memórias. Estou com algumas na cabeça. Porquê? É passado, mas algumas continuam cá dentro.
Foi um dia deprimente. Só choro, não consigo parar. Não sei o que tenho. Preciso de um abraço bem forte vosso. Obrigado por estarem comigo.

Se fosse como nos filmes, o amor apagaria memórias e lágrimas seriam apenas de felicidade.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Vigésimo

Sempre adorei aqueles filmes/novelas cheios de esquemas. O mau da fita, que tentava a todo custo brilhar no final, o bom da fita que acaba preso, o mau da fita que tenta ficar com o amor que não lhe corresponde e o bom da fita que fica sozinho. Mas tudo isto não passava do ecrã/tela. Eu via e ficava a pensar "Que nervos, nunca mais chega o fim para ficar tudo bem". O que valia, achava eu, é que isto nunca aconteceria na realidade. É demasiado surreal para tal acontecer. Bem, certeza, certeza, não tenho, porque, aliás, certezas ninguém as tem. Para já, tenho uma vontade enorme de rir, porque, afinal de contas, duvido que esteja mesmo a acontecer. Mas e se estiver enganado e de facto estiver mesmo? Bem, se for verdade, desde já dou os meu Parabéns. Eu ando no teatro, temos de treinar a nossa improvisação e admito agora que tal "esquema" nunca me passou pela cabeça. Vou dizer, que adoro ver como as pessoas gostam de ter as "mãos limpas". Os outros que façam o trabalho. Muito bem, é preciso ser-se esperto. Mas como referi, eu ando no teatro, também sei improvisar e na arte do "representar", modéstia aparte, até me desenrasco bastante bem, por isso, vamos divertir-nos muito. Muito mesmo.

Se for (sim, porque isto ainda agora começou) como nos filmes, toda esta "história" irá durar e no final, que me lembre, os bons ganham sempre, por isso . . .

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Décimo nono

Sempre disseram que sofrer por amor, era a pior coisa que se podia passar. Nunca tinha entendido, pois para mim, entalar um dedo ou cortar a mão é bastante desagradável e doloroso. Enfim, nunca tinha percebido o porquê de tantas lágrimas e de apertos no peito. Infelizmente, já descobri isso. Foi passageiro, mas bastante aflitivo. Começa pela inquietação, depois o peso na cabeça, o nó na garganta, o aperto no peito e por fim, as lágrimas. Uma roda forte de emoções que nos deixa desgastados. Senti que a cabeça iria explodir. Sinceramente, acho que me doeu mais isso, do que o meu sacro coccix. (Estúpida comparação, mas verdadeira) Voltando ao foco da conversa, nunca foi minha intenção fazer o que fiz. Seria uma barbaridade passar-me tal coisa pela cabeça, pois sei que sofrerias e eu também (e muito). Desculpa, é a única palavra que me vem a cabeça. Mais do que uma vez. Foi o pior momento da minha vida. Sentir que te magoei e ver-te chorar. Doeu tanto, mas tanto. Não te quero ver assim outra vez. És demasiado importante para mim.

Sabes? Nunca me senti assim. É tão . . . não sei como descrever. Quero ficar assim para sempre. Quero-te ver, falar, abraçar, beijar e ficar contigo todos os dias. Não quero que a distância torne mais frágil este sentimento. Quero-te. Hoje, amanhã e depois. Simplesmente quero-te.

Se fosse como nos filmes, toda esta descrição de aflição e sofrimento não existiria. Existiam apenas os dois e amor.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Décimo oitavo

Foi hoje. Já fora planeado com muitos dias de antecedência. Sempre que se falavam, diziam: "É segunda-feira. Está quase".
Eram sete da manhã e pulou da cama. Olhou para o telemóvel e viu que tinha uma mensagem de boa noite, pois o seu amor adormecera quando trocavam o sentimento de ansiedade pelo esperado encontro. Fez a sua habitual rotina matinal, mas desta vez com especial atenção, pois não queria estar mal quando estivessem juntos. Durante a viagem para o ponto de encontro continuavam a troca de mensagens, dizendo o quão nervosos estavam. Mas chega o momento de se encontrarem, de se "sentirem". Foi cumprida a promessa de ambos. Pela manhã, caminharam em buscar do lugar ideal para poderem estar. Jardins, igrejas, faculdades, tudo parecia estar contra eles. Mas quando já se mentalizavam que não iriam arranjar um sítio, ao subir uma rua rodeada de velhos edifícios, encontram uma porta encostada. A casa esta velha, tudo caído, vidros partidos e algum lixo. O cheiro a velho vindo do interior não era nada apelativo. Mas era o único sítio que encontraram. E como disse uma pessoa muito querida "Quando se está com a pessoa que se gosta, qualquer sítio serve". E é bem verdade. Todo aquele aspecto destruído e abandonado fora esquecido por uma hora e pouco. Lá estiveram e o que fizeram, só a eles pertence. Já pela tarde, Charlie St. Cloud fez companhia a ambos, que ficaram bem agarrados e apaixonados. Nunca largaram as mãos (*). Foi lindo, fantástico, perfeito. Poderia descrever melhor, mas faltam-me as palavras. Enfim, amei.

Não quero que este filme acabe. Nunca.

(*) Obrigado pela pulseira. É linda

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Décimo sétimo

Pareço uma criança. Sinto-me uma verdadeira criança. Sinto-me como se tivesse cinco anos e me levaram a uma parque de diversões cheio de carroceis e de barraquinhas a vender todo o tipo de doces. O verdadeiro sonho de alguém que está na inocência da vida e que o seu "objectivo" é viver rodeado de guloseimas e festas. Mas avançando catorze anos, é assim que me sinto. Feliz da vida. Sabem o que é acordar com um sorriso parvo e pegar no telemóvel por baixo da almofada e ver uma mensagem tão querida, tão bonita, que nos deixa derretidos e com vontade de andar aos pulos pela casa? Bem, sem querer fazer inveja, eu sei. E digo, é tão bom. Deixa-nos logo com mais vontade de levantar e enfrentar um dia de pura Física e fenómenos bastante aborrecidos. Até nos esquecemos do tempo. Ficamos sempre com um sorriso e com uma expectativa de saber o que dirá a próxima mensagem. Aquele trocar de sensações, emoções e exprimir a vontade que se tem em estar com essa pessoa. Ai, deixa-me assim, derretido.

Desta vez, estou a viver um filme tão bom, que não quero que acabe nunca.

ps: Olhem, tenho mais uma mensagem. ADORO

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Décimo sexto

"I’m more than just an option
Hey, Hey, Hey
refuse to be forgotten
Hey, Hey, Hey
I took a chance with my heart
Hey, Hey, Hey
And I feel it taking over

I better find your lovin’
I better find your heart
I better find your lovin’
I better find your heart
I better find your lovin’
I better find your heart
I bet if i give all my love
then nothings gonna tear us apart

I’m more than just a number
Hey, Hey, Hey
I doubt you’ll find another
Hey, Hey, Hey
so every single summer
Hey, Hey, Hey
I be the one that you remember

and I better find your lovin
I better find your heart
I better find your lovin
I better find your heart
I better find your lovin
I better find your heart
I bet if i give all my love,
then nothings gonna tear us apart

it’s more than just a mission
Hey, Hey, Hey
you hear but you don’t listen
Hey, Hey, Hey
You better pay attention
Hey, Hey, Hey
and get what you been missing

I better find your lovin
I better find your heart
I better find your lovin
I better find your heart
I better find your lovin
I better find your heart
I bet if i give all my love,
then nothings gonna tear us apart

too many times I’ve been wrong
I guess being right takes too long
I’m done waiting, theres nothing left to do
but give all I have to you and
I better find your lovin
I better find your heart
I better find your lovin
I bet if I give all my love,
then nothings gonna tear us apart

I bet if I give all my love,
then nothings gonna tear us apart"


Cada dia que passa, sinto-me mais feliz por te ter conhecido

domingo, 3 de outubro de 2010

Décimo quinto


"Take my open heart and all it offers,
Cause this is as unconditional.
You ain't seen nothing yet.
I won't ever hesitate to give you more."

Estou tão feliz. Mesmo muito muito.

Obrigado!

domingo, 26 de setembro de 2010

Décimo quarto

Eu desabafo, tu desabafas, ela desabafa. Apesar de não o mostrarmos (pelo contrário) estamos "mal". Precisamos de alguém. Desse alguém. Enquanto ouvia as fantásticas vozes que Portugal tem (sic por volta das 22h30, logo...) estava a trocar mensagens com ela. Está triste porque a pessoa que gosta está numa fase menos boa e não lhe liga muito. Estive a dar conselhos (apesar de ela os achar maus) e no final olhei para mim e vi "também estou assim". Disse-lhe no final da nossa conversa que queria alguém e que estava com saudades. Ela disse-me "Habitua-te à solidão". A verdade é que não consigo. Agora que estamos todos separados, notamos mais a falta que alguém mais intimo nos faz. Sinto-me triste. Acho que é isso. Não sei. Por um lado, tenho motivos para estar feliz, mas por outro. Não sei. Ai! Porquê? A 3ª pessoa que referi no início não está tão mal como nós porque tem o seu "produtor". Ainda bem. Alguém que não esteja nesta solidão, que apesar de parecer lamechas neste momento, é dura. Precisava de escrever. Quero que isto passe e rápido. Eu quero. Eu preciso.

Se fosse como nos filmes, nada deste sentimento existiria e teria a certeza que estava feliz.

domingo, 19 de setembro de 2010

Décimo terceiro

Hoje apetece-me escrever sobre vós. Antes de mais, peço desculpa aos que não vou referir, não porque gosto menos, mas porque desta vez passei mais tempo com eles e porque são bastante importantes (como todos os outros).
Ainda estes dias falamos como a nossa amizade cresceu tão rápido e se tornou tão forte. Não foi há muito tempo, mas foi o tempo suficiente para nos conhecermos muito bem e para confiarmos uns nos outros. Sim, confiança. Tenho imensa e eles sabem. Bem, começo pela "pedinte". Estás sempre a cravar coisas, sempre a pedir mas és minha amiga. Foste a primeira a saber. Estivemos todo o Verão juntos. Soubemos os segredos um do outro. Até por casal passamos. Gosto de ti. Depois tenho a "Deprê". Estás sempre a justificar-te. Estamos sempre a "pegar" contigo só para espevitares. Ainda bem que te fizemos isso durante o Verão todo porque parece que finalmente acordaste. Gosto de ti. Depois tenho o "Fafei". Todos os dias implicamos com ele. "Pára. És tão porco". Ouviu isso todo o Verão. Quer ser actor. Todos apostamos que consegue. Dizemos que ele só quer fama, mas na verdade ele quer mesmo ser reconhecido pelo seu trabalho na representação. Também estivemos o Verão juntos. Sempre a levar a "pedinte" a casa. Ainda bem que és meu amigo. Outra pessoa importante é a "mãe". Sim, é provavelmente a mais responsável. Está sempre connosco e sempre nos apoia. É no fundo uma mãe (mesmo) para nós. Gosto de ti. A "Dini mini" é outra pessoa do grupo. A mais pequena. Mas só em tamanho. Viajada ela. No início tive receio, mas afinal revelou-se uma verdadeira amiga. É a nossa cantora. Gosto de ti. E no final tenho a peça da "campónia". Peça fundamental. Estamos sempre a saber tudo um do outro. A falar dos outros. A falar de roupa. A falar de tudo. Amizade mais recente mas muito boa. Gosto de ti.
Foram eles que marcaram este Verão. Amizades verdadeiras e para sempre.

Desta vez? Desta vez é como nos filmes. Uma amizade genuína.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Décimo segundo

E o tempo passa e estou sem saber como é. Hoje está a chover. Parece mesmo Inverno. Aqueles dias que ficamos no sofá, ao lado da lareira, com a televisão ligada e com o computador no colo a deprimir. Fiquei deitado no sofá a ouvir música. Entre vários estilos, batidas e ritmos, chega Katie Melua com "I cried for you". Como era de prever, trouxe-me recordações. Fiquei apático a pensar. Tanta coisa me passou pela cabeça. Ultimamente não se fala noutra coisa, o que é bom para mim. Mas por outro lado fico a pensar nessa pessoa. A enorme saudade que tenho. Está (mais) distante, o que me deixa triste e com mais saudade ainda.
Ontem a Filipa deu-me uma revista. Quando vi, por um lado fiquei espantado por ter comprado e por outro fiquei muito contente pelo gesto. Fomos todos comer um gelado e ler as anotações que ela tinha feito atentamente para mim. E rimo-nos bastante. Novamente falamos e veio "à tona" a pessoa. Fiquei novamente com saudades. Entre dia no bar, no largo, atrás da igreja ou em qualquer sítio com eles, o tempo vai passando e eu continuo à espera.

Se fosse como nos filmes, estaria a enviar um "adoro-te" e não um desabafo.

domingo, 22 de agosto de 2010

Décimo primeiro

Preciso mesmo de escrever. Já que não consigo dizer, não consigo falar, não consigo expressar verbalmente, escrevo. É tudo recente. É tudo novo, mas estou a gostar. Apesar de ser um pouco difícil manter-me assim, acho piada algumas situações que vivo. Se soubessem, provavelmente não diriam/fariam aquilo, mas por mim . . . Por entre caminhos escuros e longos, vamos falando disso. Até "códigos" usamos, não vá uma das cabaneiras lá do sítio ouvir e espalhar tudo. Sim, porque essas são gentinha tão, mas tão rasca que nem vale a pena falar. Falamos, porque não só para mim é novo. também é para eles. Mas adoro as conversas e adoro o facto de saber que realmente são meus amigos. Já posso ter o "à vontade" com alguns, o que é fantástico. Contudo, continuo numa incerteza. . . Só o tempo dirá que como será o fim da história.

Porque é que não é tudo como nos filmes? Ahum, porquê?

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Décimo

Tempo :'|

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Nono

São duas pessoas. Gostam uma da outra. Diria bastante. Sempre vi nos filmes os casais a beijarem-se a chorarem porque a distância não os permitia estarem sempre juntos. Via isso, ria-me e pensava "Que estúpido. Só não estão juntos todos os dias porque não querem.". Sempre achei essas cenas nos filmes tão lamechas porque nunca iria acontecer. Entretanto, passaram anos, e começam a sentir o mesmo. Querem estar juntos e não conseguem. Fazem planos e nada. Custa-lhes porque querem tanto, tanto estarem juntos mas por este motivo ou por aquele não é possível. Uma dor sempre que um diz ao outro "desculpa, mas não posso". Como podem estar assim? E assim passam dias e dias e continuam sem se ver. Vão tentar desta vez. Pode ser que consigam. Pode ser . . .


Se fosse como nos filmes, a distância seria a medida de separação de dois pontos e não afectaria em nada o seu amor.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Oitavo

Discuti. Fiz isso porque há coisas que acho inapropriadas e impossíveis. Têm de perceber que mudei, cresci e que alteram os nossos hábitos. Imagine-se uma pessoa, educada, correcta, atenta, atenciosa . . . alguém de juízo. Com o passar do tempo, essa pessoa mantém os mesmos valores mas não quer dizer que se mantenha genuína em todas as coisas. Mudam. Simplesmente porque sim. Porque alteraste também, assim como o resto do mundo. Por ter sido algum tempo assim, não vou ser eternamente. Aceitem e deixem-me. Não vou deixar de gostar, não vou deixar de falar, não vou deixar de ver. Unicamente mudei um pouco. Espaço. Acho que é essa a palavra que define o que preciso. Espaço e compreensão. Por favor.

Se fosse como nos filmes, as pequenas mudanças seriam aceites de braços abertos e com um sorriso feliz.

sábado, 10 de julho de 2010

Sétimo

Como o tempo passa e como as coisas mudam. "Ontem" era criança, não pensava, agia conforme diziam, conforme achavam correcto, conforme as regras, conforme o estipulado. Brincava. Achava aquela vida perfeita. Não haviam obrigações (por assim dizer). Comer, beber, brincar e dormir, basicamente. Hoje, adulto (custa dizer isto, mas é verdade), as coisas mudaram. Responsabilidades aparecem, obrigações verdadeiras, decisões, escolhas, opções, tudo isso faz parte. Podem não ser as mais acertadas, podem não ser o que esperavam, podem ser o que não queriam, pode ser um desastre, como pode ser bom, fabuloso . . . perfeito.

Porque a vida é feita de escolhas, e o amor é uma delas.
Se fosse como nos filmes, essas escolhas seriam fáceis de fazer . . .

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sexto

Mais uma semana. Uma semana! Quando é que isto acaba? Termina-se um e temos outros à porta. Além do mais, não é só essa espera. Uma semana a "morrer". Quero que acabe. Quero estar outra vez, mas mais tempo. Mas para isso, tenho de esperar. Entretanto vou pensando como foi. É a única maneira de estar bem. Nem sei que escrever. Olhei para baixo e vi Junho. Já faz algum tempo que não me "expressava". E curioso que nestes últimos tempos . . . Não acho correcto. Alias, não sou eu que não acho correcto, são os outros. Sim, os outros. Mas não interessa porque eu não quero saber. Só passaram 3 minutos. Continuo à espera. Uma semana, ainda falta uma semana . . .

Se fosse como nos filmes, ai se fosse como nos filmes, aparecia no ecrã "uma semana depois" e seria feliz.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Quinto

Não foi hoje. Se controlasse o tempo, se controlasse as vontades, se adivinhasse o futuro, provavelmente teria sido hoje. Como não consigo, limito-me a contornar esses "entraves" e a tentar realizar-me. Esse dia provavelmente chegará. Provavelmente? Não. Irá mesmo chegar. Não sei se estarei pronto. Será algo diferente. Algo novo. Algo inesperado. Algo bom? Não sei. Comigo terei Florence e pouco mais. Choque. Acho que é a primeira palavra que me vem à cabeça ao pensar nisso. Mas também não estranho. Afinal de contas não é o "normal". Nada de outro mundo para alguns, abismal para outros. O que esperar? Não sei. É estranho o que sinto. Parece que gosto. Parece. Não tenho certezas. Só quero chegue e que seja bom.

Se fosse como nos filmes, teria certeza daquilo que sinto e seria feliz.

domingo, 27 de junho de 2010

Quarto

Foi o dia dela. Foi o dia da das pipocas, sapatilhas e gomas (sapinhos). Estava a precisar. Já sentia falta. Por momentos parecíamos adultos. "Como vai o curso? Fizeste tudo?". Nunca perguntávamos isso porque estávamos sempre juntos. Sentámo-nos e começamos a falar. Tudo o que vinha à cabeça era assunto para discussão. Discussão saudável. Apeteceu-me chorar. Chorar mas de alegria. Sentia falta daquilo. Apeteceu-me abraçá-los e dizer-lhes quão falta faz amigos como eles. Mas era o dia dela e não ia estragar com patetices. Comemos e voltamos a falar. UNO pelo meio e mais uma discussão. Vimos fotos, discutimos beleza e rimo-nos. Para acabar (ou começar) em grande, saímos. Não gosto muito daqueles locais e nunca hei-de gostar, mas era o dia dela. A julgar mal, acabei por me divertir imenso com todos eles.

Como nem sempre é mau, desta vez foi como nos filmes.

sábado, 19 de junho de 2010

Terceiro

Porque é que é assim tão difícil? Porque que é que não dizemos o que queremos, e somos. Porque que é que há competição? Porque é que há desilusões, lágrimas, raiva e suicídio?
Passasse por tanto. Choramos, ficamos sós, mas apesar de não ser o nosso sonho, continuamos. Conhecemos alguém, mas não chega. Queremos desistir. Choramos outra vez. Trocamos. Choramos, conhecemos alguém, gostamos, continuamos a conhecer e gostamos mais. Apesar de, novamente, não ser o que queríamos, continuamos. Vemos coisas que nunca pensamos que fossem acontecer, visto que estamos num mundo de adultos. Tristeza. Com toda essa roda de fortes emoções, chega o fim. Uma nova oportunidade surge. E agora? Que faço? Passei por tanto . . . E se volto a não gostar? E se me arrependo por não ir? E se entro? Ou pior, se não entro? Pior? Como sei, nunca tentei. Vês? É difícil.

Se fosse como nos filmes, dizia, acontecia e sorria.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Segundo

Eram quatro. Quis o destino juntá-los há 13 anos. Sim, 13 anos. Sabiam tudo sobre cada um. Gostava de chocolate, basquetebol, teatro e relógios. Ela, gostava de pipocas, cinema, roupa e ténis. Ele, gostava de basquetebol, sapatilhas, café e jogar. Ela, gostava de relógios, roupas, sapatilhas e cinema. Mas principalmente, gostavam uns dos outros. Eram como irmãos. Conheciam-se na perfeição. A típica discussão, o típico atraso, a típica "estupidez" (no bom sentido) ou a típica mesquinhez. As séries . . . Ai as séries. Quantas discussões não tiveram na viagem por causa das séries? "Anatomia é melhor.""Oh, mas ela morre no final". "E o sobrenatural?". Faziam planos para estarem juntos. Lanches, cinema, sair à noite, poker, monopólio, jogos no polidesportivo. Contudo, o derradeiro PLANO já vinha há muito a ser traçado. "Vamos morar juntos. Vai ser tão giro. Tu cozinhas, eu lavo a loiça, ela limpa e ele arruma a casa". Passaram meses a pensar na decoração, em animais de estimação e em actividades para fazerem juntos. Mas no meio de tantos sonhos, a realidade fez-los poisar os pés no chão e encarar a verdade. Nenhum deles ficou com um amigo. Todos separados, um para cada lado. Um sonho novamente arruinado. Ficaram sempre unidos, não em presença, mas em sentimento.

Sim , porque 13 anos não são 13 dias (L.A)

Se fosse como nos filmes, ficariam juntos na mesma casa e seriam felizes.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Primeiro

Sempre foi dos melhores. Fazia desporto, tocava piano, estudava ciências e o seu sonho era ser médico. Conseguiu ter uma média bastante boa que lhe dava muito bem para realizar o seu sonho. Faltava o pior. Exames. Nervos, uma "branca", a mínima coisa poderia arruinar um desejo. Chega o dia. Todo o seu corpo estava a tremer. Não tomou o pequeno-almoço, pois a simples colher com cereais na boca provocava-lhe vómitos. Entrou no carro e foi toda a viagem calado. Chegado à escola a mãe disse-lhe "Boa sorte. Vai correr tudo bem". Saiu, fechou a porta e sorriu para a mãe. Passou o portão e sentou-se nas escadas à espera da hora. Esperou 45 minutos. Nesse tempo, tudo lhe passou pela cabeça. "E se bloqueio? E se não souber responder? E se for difícil?" Toca a campainha. Um amontoar de gente dentro da escola à procura da sua sala e ele concentrado nos seus pensamentos. Passada a confusão e já dentro da sala, alinha as canetas, olha para o BI e ri-se. Riu-se, porque a foto já era antiga. Tinha tirado no 8ºano. Tinha o cabelo comprido, roupas largas e um "sorriso aflito". "Fotos do 8ºano. Ao que éramos obrigados", pensou ele. De repente, um bloco de folhas é pousado na secretária. O bater do papel na mesa, corta todo o pensamento de felicidade. Era o exame. Abriu o bloco, inspirou fundo e começou a escrever.
Passado um mês, os resultados são afixados. Estava tão ansioso para ver o resultado, que mal dormiu à noite. Foi o primeiro a aparecer na escola para saber se o seu sonho seria concretizado. Colocou o indicador no vidro da montra e começou a percorrer os nomes da lista. Eis que surge o seu nome. Percorre a linha com os seus dados e dados do exame até que chega à nota. Fica o silêncio na sala. O único ruído que se ouviu, foi o de uma gota de água a cair no chão. Era uma lágrima. Não chegara. O seu sonho estava arruinado. O seu desejo não se podia concretizar. Sentou-se no chão, coberto de lágrimas, ficou o resto do dia sentado a pensar na sua vida . . .

Se fosse com nos filmes, teria entrado em Medicina e seria muito feliz.