sábado, 18 de fevereiro de 2012

Quadragésimo primeiro

São crianças! Crianças que brincam com barcos de papel, bonecas e cordas. Crianças que sorriem e choram. Crianças que percorrem milhas com as suas bicicletas velhas, usadas, sujas, partidas. A desculpa é sempre a mesma. "Não mãe, está boa!". Crianças que fingem ou falarão a verdade? Os rostos cobertos de terra, denunciam. Mil e uma árvores marcadas, estradas escritas, paredes pintadas e. . . em vão. Afugentam as pombas que vêm roubar os pedaços de pão que caem das mãos deles. Correm campos de ervas apenas por correr. Sem objectivo, sem sentido, apenas, talvez, prazer. Brincam "aos crescidos", tentando imitar alguém que não são. Esforçam-se, pois querem convencer os amigos que são outras pessoas, diferentes deles, uma farsa. No fim, um banho limpa todas as marcas do dia. Nada se passou, nada mudou, nada estragou. Dormem. Amanhã é um novo dia, novas brincadeiras, novas experiências, sem arrependimentos.

São mesmo? Ou Somos?

Se fosse como nos filmes, o físico andava de mão dada com o psicológico, sempre!

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